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Consentir

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Deixe-me viajar sozinho e cumprimentar meu passado como a um velho amigo. Sorrir das inquietudes que vivi e perceber que elas se foram quando minha coragem de seguir, cortou do meu rosto o espanto imposto pelas circunstâncias. Apenas permita-me: perder, errar, chorar e cravar, nos próximos passos, o continuar andando, apesar do mundo que, em quietude, molda-se ao barulho que carrego aqui dentro. Deixe-me dançar, vago e sem propósito algum. Desengonçado como fui feito, mas feliz enquanto me mexo. Mesmo que a sombra seja meu par e ainda que ao som dos meus porquês, deixe-me perceber o quanto sou bom em não ser. O quanto sou grato em me encontrar, perdido, praticando meu sorriso em um propósito sem par. Apenas deixe-me, caricato e previsível, ser surpresa e abstração no meio dos que amo. E de quadro em quadro, dê-me permissão para pintar um fio das coisas nas quais creio, ou viver o meio como uma cor que preenche o espelho, dentro ou fora de contexto, refletindo na paisagem o me

Chama

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Se com todos os meus medos uma chama em mim sorrisse, enxergaria meu caminho e a coragem que nele existe.                                                                                        (Halifas Quaresma)

Um céu de estrelas

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Naquele susto vi que em teu sorriso mora o eco das estrelas. E aqui tão diante da tua alegria posso dizer que na vida, frágil como uma ferida, ousei tocar o céu.                            (Halifas Quaresma)

Novo

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De fato um ano que parou em minha linha, mas jamais acreditarei que qualquer coisa que tenha acontecido tenha sido em vão. Eu sei, amigos. O feed de notícias de vocês está calejado de mensagens, por isso mesmo aqui vai a minha inesperada e trágica contribuição para os votos, já que uma a mais ou a menos não fará diferença. O ano de 2014, pra mim, começou ainda no final de 2013, especificamente no natal, quando subitamente entendi que não viria coisa boa por aí. E óbvio, eu estava certo. Ando muito longe de pressentir coisas, mas a vida manda pistas meio óbvias ás vezes, minha sorte é percebê-las e decifrá-las, embora jamais encontre solução. E logo se deu início uma longa jornada. Um grande desnível no início, uma longa caminhada até o meio, uma escalada ao pico de emoções e um desmoronamento básico até o chão plano e verde da realidade. Desde então, uma estranha calmaria e uma paz indecifrável avisam: estamos no fim. Alguns amigos - com razão, diga-se - me questionam o

Um sorriso

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Em teu sorriso vi que a ternura tem forma, que a graça é um sopro, o zelo dura alguns motivos e que às vezes, nesse hábito vivo, o medo já não perece mas passa a desenhar sentidos.                                           (Halifas Quaresma)

Único alívio

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Foto: Lourenço Teus desejos tão humanos cabem todos nesses olhos. Círculos pequenos de pureza e loucura Grades sinceras de onde se jogam tuas lágrimas Nossas vozes defrontadas nossos risos repousados. Ter do teu peito sincero esse silêncio armado de gritos. É nesse enlaço que te converso, que meu corpo te responde É onde mostro que o refúgio te faz pairar na ponta dos pés E o que se quebra na paisagem alheia junta todos os caminhos num único abraço.                                                      (Halifas Quaresma)

Da janela

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Foto: Margarida TT O que flui desse sossego? Uma paz à beira da janela batendo suas asas ao mundo que gira ao redor dela. E firmo um sincero pacto com o dia: Que as horas passem, que o vento siga, mas que eu, apesar do medo, enxergue a vida e voe livre, cortando o tempo.                             (Halifas Quaresma)