Dos sentidos (ou o Blues dos Sentimentos)
Meus novos dedos não conseguem mais sangrar no antigo violão.
Não conseguem engatinhar notas recém paridas
Por descarrilarem da estrada a imagem dos sons.
Já não ouço com tanto fervor.
Meus ouvidos tropeçam em surdez opcional
Recusam-se a entender das bocas do mundo,
Todas as estranhas teorias de se viver em paz com o peito.
Eu já não acordo tanto.
Já não tenho a nobre mania de abrir minhas janelas para olhar o mundo.
Doe tanto!
Dizer que de todas as íris que poderia cegar
Fui escolher justo a que arranca dos dias os sorrisos mais sinceros
E as verdades mais limpas.
Da boca nem se fala...
Desisti de entender o porquê de se fatiar pessoas com a língua.
Prefiro fatiar-me por dentro,
Provando dos erros que aponto.
Hoje só quero o tato e um pouco do cheiro de tudo.
E quem disse que o sentir nasce da pele ou das mãos?
De fato ajuda se tocar o peito.
Mas é dentro dele que se guarda o íntimo.
E é no íntimo que aprendemos o sentir.
Seja pelas gotas de silêncio que se sente ao amar.
Seja pelo cheiro do tempo,
Espalhando-se pela alma,
Esperando a hora de partir.
(Halifas Quaresma)
[p.s.: A Janela da imagem parece sangrar. . . ]
[p.s.: A Janela da imagem parece sangrar. . . ]
Ela parece mesmo.
ResponderExcluirEstava com saudades daqui.
Grande Beijo!
hummmm lindos textos e trechos... POETA MODERNO adoreiii vou ficar por aqui lendo e me deliciando...
ResponderExcluirGabyyyyy...
ResponderExcluirSaudades de ti ver aqui...
Beijos.....mil deles...
Obrigado Anônimo....gostei do nome....rsrsrs.