Antes do que se escreve
Desmembrado punho
Lamenta-se, profundo,
Os únicos desenhos que pôde fazer.
Adormecidos sonhos
Queimados, em papel,
Na pele que se molda ao que se resta escrever.
Letra por letra,
Marteladas vezes,
Penduradas uma a uma
Na parede do que se resta dizer.
E lamentavelmente,
Despedindo-se frio,
Vai-se sangue a sangue
Formando-se ser.
Surgido de dores,
Provocável riso,
Adormenta-se em pontos,
Diz adeus ao branco incontido,
Saudando as cores daquilo que se lê.
(Halifas Quaresma)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO desenho da palavra é em nós. :)
ResponderExcluirBeijo, Halifas.
Letra por letra,
ResponderExcluirMarteladas vezes,
Penduradas uma a uma
Na parede do que se resta dizer.
Sempre haverá o que dizer e o que contar.
Intenso como sempre Halifas.
Grande Beijo!